13 de novembro é dia de aplaudir os empregados em clubes e federações esportivas do Rio Grande do Sul

O dia 13 de novembro assinala o nascimento de uma instituição que muito orgulha o sindicalismo brasileiro. Na data, em 1979, o Sindicato dos Empregados em Clubes Esportivos e Federações Esportivas e dos Empregados em Bingos e Empresas que Prestam Serviços a Clubes Esportivos e Federações Esportivas do Estado do Rio Grande do Sul (Secefergs) recebia a carta sindical, o documento de identidade que habilita uma entidade para assumir a representação da categoria e a negociação coletiva.

A data resgata o valor do trabalho voltado para o lazer e o entretenimento dos trabalhadores nos clubes e entidades esportivas, mas, para a categoria profissional, é tão importante como o 1º de Maio para a classe trabalhadora, sendo remunerado em dobro, na forma de abono.

Desde a fundação, trabalhadores e diretoria do sindicato lutam para resguardar os direitos sociais escritos nos acordos e convenções coletivas, que destacam reajustes acima da inflação anual; estabelecem pisos salariais, vale refeição/alimentação, cesta básica, plano de saúde, auxílio creche e PLR, além do pagamento do quinquênio, de 5%.

A vitoriosa trajetória do Secefergs, no entanto, é marcada por enfrentamentos e desafios. O sindicato apresentou incontáveis ações judiciais e denúncias em organismos nacionais e estrangeiros, sempre com o apoio da Federação Estadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Cultura Física no Estado do Rio Grande do Sul (Fetecfergs) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Junto ao trabalho em defesa da classe, o sindicato nunca se furtou de combater os inimigos do povo e dos trabalhadores, como Michel Temer, o impopular presidente da República que será lembrado como agente do retrocesso. Foi ele quem nomeou Ronaldo Nogueira (PTB/RS), para deformar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e impor a reforma trabalhista, que alterou mais de 100 pontos da legislação para agradar o empresariado.

A gravidade do momento cobra esforço redobrado dos trabalhadores e das lideranças pela manutenção dos direitos sociais, que têm sido atacados sistematicamente na última década. Sem resistir, podemos perder o que levamos décadas para conquistar, como são exemplo a terceirização sem limites, a reforma trabalhista e a ameaça de acabar com a aposentadoria do trabalhador.

Miguel Salaberry Filho
Presidente do Secefergs e Secretário de Relações Institucionais da UGT