Brasília virou um campo de batalha

Sobre uma verdadeira chuva de bombas de gás lacrimogêneo, Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) discursou na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, DF.

O líder ugetista ressaltou que este é o momento de resistir as investidas que os parlamentares estão fazendo contra a classe trabalhadora.

Patah criticou a ação policial que usou de força excessiva para tentar acabar com as manifestações, que seguiam pacíficas até que os policiais começaram a agredir os manifestantes.

A manifestação que teve como objetivo lutar contra as reformas trabalhista e previdenciária, foi compostos por pais e mães de família, estudantes, professores e aposentados. “Ninguém que está aqui é vagabundo, são pessoas de bem que estão lutando contra medidas de austeridade que visam retirar direitos sociais e trabalhistas”, disse Patah.

A caminhada que iniciou por volta das 11h, saiu do estádio Mané Garrincha em direção a Esplanada dos Ministérios, já com a estimativa feita pela Polícia Militar de 150 mil pessoas, mas com a denúncia de que cerca de 50 ônibus de manifestantes ainda estavam parados num bloqueio da estrada, o que demonstrava que a tarde reservaria péssimas surpresas para os manifestantes.

As suspeitas se concretizaram quando, ainda no início da caminhada um enxame de abelhas apareceu no meio dos manifestantes.

Durante o ato, Osmar Prado, ator, subiu no carro de som e fez um discurso de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras. “Este congresso não tem moral para votar as reformas da maneira como eles apresentaram. Este é o momento de lutar e reivindicar”, disse o ator.

Os manifestantes prosseguiram acompanhando o caminhão de som até que centenas de bombas de efeito moral começaram a ser atiradas em direção ao multidão que enfrentou.

Mesmo com Ricardo Patah pedindo para que os manifestantes não caíssem na provocação dos policiais, a repressão foi muito violenta e inevitavelmente muitos manifestantes feriram durante o ato. “Somos homens e mulheres pais e mães de família, mesmo assim os policiais não param de jogar bomba, isso é desumano e imoral, as imagens estão ai para o mundo inteiro ver a forma com que os trabalhadores estão sendo tratados”, concluiu.

 

Fonte: Imprensa UGT