Presidente da UGT participa de diplomação de Lula e Alckmin.

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) ao lado de Miguel Torres (FS), Antonio Neto (CSB) e Juruna (FS) participou, na tarde desta segunda-feira (12/12), da solenidade de diplomação do presidente e o vice-presidente eleitos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.

A cerimônia, que aconteceu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no plenário da Corte, em Brasília, contou com a presença de cerca de 1000 convidados.

A diplomação é o ato que marca o final do processo eleitoral e antecede a posse, que será realizada no dia 1º de janeiro.

“É um dia histórico, já que esta é a terceira vez que Lula é diplomado presidente, algo nunca antes ocorrido”, disse Ricardo.

“Este ato é importante também por vários motivos, entre eles por representar a interrupção de um processo político que aflorou na sociedade brasileira o lado mais cruel do extremismo, seja ele religioso ou político, mas capaz de dividir uma nação inteira, acabando com amizades e dividindo famílias”, explicou o sindicalista.

Patah ressaltou o que aconteceu nos últimos quatro anos foi trágico e muito preocupante, seja pela irresponsabilidade com trato do dinheiro público, que deixou o Brasil numa situação financeiramente complicada ou pela constante tentativa golpe de estado, insuflando inclusive a sociedade a prática de desrespeito a ordens públicas, com promoção de atos racistas, nazistas e misóginos.

“Sabemos e reconhecemos a responsabilidade que temos a partir de agora. Precisamos resgatar o protagonismo nacional, a paz e a serenidade que são fundamentais para recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento, social e econômico. Teremos quatro anos para reverter esse extremismo e esse sentimento ruim que foi introduzido na nossa nação e, inevitavelmente, contaminou o coração e a mente de muitos brasileiros”, esclareceu.

“Revertermos isso provando que, como discursou Ulisses Guimarães ‘A Constituição certamente não é perfeita’, mas ainda sim viver em um país democrático é o melhor dos regimes”, concluiu Patah.

“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma. Quanto a ela discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério”, Ulisses Guimarães, 5 de outubro de 1988, promulgação da Constituição-cidadã.