Presidente da UGT participa de reunião com Ministro Gilmar Mendes

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou, nesta terça-feira (07), em Brasília, de reunião com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro contou com a presença do deputado federal Paulo Pereira e Miguel Torres, ambos da Força Sindical e Antônio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

A reunião teve o objetivo de discutir sobre a repercussão do processo da cláusula assistencial, decidido pelo ministro, e foi explicado que é muito importante que ele reflita na decisão que tomará em relação aos embargos que foram apresentados. “Tenho esperança de que o ministro Gilmar Mendes tenha se sensibilizado”, disse Patah.
“O movimento sindical contava com três fontes de custeio, mas em menos de um ano retiraram os dois mais importantes para a manutenção da estrutura sindical, isso é realmente uma aniquilação da organização da classe trabalhadora, pois os sindicatos passaram a demitir seus funcionários, estão perdendo seu corpo jurídico e se historicamente na mesa de negociação a relação de forças entre capital e trabalho já era desigual, a partir de agora o lado do trabalhador foi praticamente aniquilado”, explicou o presidente ugetista.

Patah lembrou também que o custeio das entidades sindicais servia também para as entidades prestarem serviços assistencialistas que, em muitos lugares, cobria hiatos deixados pelo poder público. “Vou falar pelo sindicato dos Comerciários de São Paulo, lá o associado paga R$ 26 reais por mês e tem direito a colônia de férias, clube de campo e um ambulatório equipado com aparelhos modernos de mamografia, raio-x, densitometria óssea, ultrassonografia, ecocardiograma, eletrocardiograma, teste ergométrico, entre outros, sendo que, dependendo do exame era cobrada uma pequena taxa, agora isso vai acabar, provavelmente o associado terá que arcar integralmente com seus exames ou aumentará as filas do SUS”.

“Essa é uma questão que precisa ser definida rapidamente, pois como bons disseminadores apenas das más notícias, a imprensa nacional pega somente as laranjas podres do sindicalismo e vendem para a população uma imagem errada do movimento, talvez para agradar grupos financeiros, fazem vista grossa para o lado bom dos sindicatos, como: a luta contra o trabalho escravo e infantil, o tráfico de pessoas, pelo reajuste do salário mínimo, por melhor distribuição de renda, por emprego e aquecimento econômico, entre outras ações”, concluiu Ricardo Patah.
Fonte: Imprensa UGT