Presidente da UGT vai a Porto Alegre, reúne sindicalistas e participa de ato no McDonald’s

Sindicalistas filiados à União Geral dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (UGT-RS) recepcionaram o presidente nacional, Ricardo Patah, na sede estadual da central, em reunião realizada na manhã de 2 de setembro. Na pauta, uma conversa sobre conjuntura política e perspectivas para 2022, ano em que serão renovados os cargos de Presidente da República, governadores de estados, senadores, deputados estaduais e federais.

Na abertura do encontro, Ricardo Patah lembrou que, mesmo diante das restrições impostas pela pandemia, a UGT não deixou de atuar. A central – disse – tem mantido aceso o debate entre os dirigentes sindicais por meio de videoconferências, quando as questões políticas e organizacionais são discutidas.

“Em razão da situação calamitosa, chegamos a recomendar que fosse modificado o mix de produtos em determinadas lojas, incluindo máscaras e ventiladores no catálogo de itens comercializados. Também disponibilizamos as colônias de férias para que fossem utilizadas como Unidades de Tratamento Intensivo para pacientes contaminados pela Covid-19”, explicou o presidente nacional da UGT, que informou que os protocolos assumidos pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo foram seguidos pelo governo estadual paulista.

PROTAGONISMO DA UGT

A importância de ser filiado à Central foi destacado por Orildes Lottici, presidente do Sindicato dos Comerciários de Bento Gonçalves (SEC-BG) e tesoureira da UGT gaúcha. A sindicalista defendeu a manutenção da sede da UGT-RS, localizada em ponto central da capital do Rio Grande do Sul. Para ela, assim como os sindicatos pedem ao trabalhador que contribua com a sustentação das entidades sindicais, é obrigação dos sindicalistas assumir a sustentação da central.

Consciente do crescimento individual e coletivo dos filiados à Central, Norton Jubelli, presidente da UGT-RS, argumentou que as estaduais que desenvolvem atividades merecem ser subsidiadas por meio de cursos de formação, projetos de captação e outras formas que possam ser implementadas em conjunto. O líder dos ugetistas gaúchos agradeceu ao presidente nacional da UGT por ter aberto espaço em sua agenda para passar o dia com os filiados do estado.

Na mesma direção, Miguel Salaberry Filho, secretário nacional de Relações Institucionais da UGT, elogiou a atitude de Ricardo Patah ao endereçar ofício ao senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, pedindo empenho para que fosse reprovada a Medida Provisória 1.045, que reduziria ainda mais os direitos trabalhistas, tão depreciados pela chamada reforma trabalhista, de 2017. Salaberry enalteceu o fato de Patah ter assinado a nota enquanto Presidente Nacional do PSD Movimentos e também como Presidente Nacional da UGT, sem ser mais um dentre outras entidades.

APOIO AOS TRABALHADORES DO McDONALD’S

Às 14h30, os sindicalistas da UGT uniram-se a representantes do Sindicato Internacional dos Trabalhadores do setor de Serviços (Service EmployersInternacional Union – SEIU), em atividade conjuntadesenvolvida em duas lojas da lanchonete McDonald’s. Os sindicalistas distribuíram cartilhas da campanha Sem Direitos Não é Legal, que orienta os trabalhadores contra as práticas abusivas da empresa, junto a kits com álcool em gel e máscaras.

Os ativistas escolheram as lojas da Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre, e da Rua Vinte Quatro de Outubro, no Bairro Moinhos de Vento. A representatividade dos atos cresceu com a presença dopresidente nacional da UGT e do secretário geral do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Edson Ramos, além de Rogério Soares, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações em Santa Catarina (Sinttel-SC), e Alessandro Torres, que preside o Sinttel de Goiás.

Atendendo à denúncia apresentada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), no final de junho, o Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou a abertura de inquérito civil para apurar denúncias de assédio sexual, assédio moral e racismo de trabalhadores contra o McDonald’s do Brasil. A decisão foi tomada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, que apontou, em despacho, a requisição de documentos e informações, depoimentos, certidões, perícias e demais diligências para análise e posterior apresentação de uma ação civil pública para apurar as responsabilidades da empresa.

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)

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