Relatório Mundial prega uso de soluções baseadas na natureza e reforça posição da UGT

BRASÍLIA/DF – O lançamento do Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2018, realizado no primeiro dia do 8º Fórum Mundial da Água (19/3), que acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, vem de encontro ao pensamento do sindicalismo cidadão, ético e inovador que é praticado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT).

O documento, que destaca soluções baseadas na natureza como forma de melhorar a gestão hídrica, focaliza o papel da chamada infraestrutura verde, que consiste em preservar as funções dos ecossistemas, tanto natural como artificialmente, apostando em engenharia ambiental, em vez de engenharia civil, para melhorar a gestão dos recursos hídricos. As ações devem ser adotadas tanto no campo quanto na cidade.

Em termos práticos, ampliar a cobertura vegetal, a recomposição de solos e a proteção de bacias hidrográficas garante o aumento da quantidade e da qualidade da água e do acesso a todos a esses recursos.

IDENTIDADE UGETISTA COM O RELATÓRIO

A convergência entre o conteúdo do relatório e o princípio de lutar pelos direitos do cidadão além das questões trabalhistas, explica porque a UGT é a única central sindical brasileira a participara ativamente do fórum: os temas de responsabilidade social, que estão relacionados à saúde, segurança, mobilidade, trabalho decente, e meio ambiente constitui preocupação permanente da Central, desde 2016, quando da aproximação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) Brasil, que implementou a “Jornada 2030: 17 Objetivos para Mudar o Mundo”.

O fato é destacado por Fatima Cristina Faria Palmieri, Coordenadora do Comitê de Sustentabilidade e do Comitê da Jornada2030, que vê na parceria com o PNUD a prova concreta do engajamento da Central nas ações que viabilizam a construção de políticas públicas que possam levar uma vida mais digna ao trabalhador. A dirigente argumenta que “agua potável e saneamento básico ainda não é uma realidade para 100% da população brasileira”, e acredita que a existência de espaços disponíveis para a promoção da Jornada 2030 fará um bem maior para o País.

“O sindicalismo cidadão e os ODS podem promover grandes transformações no Mundo do Trabalho e também em todas as esferas da vida dos trabalhadores. Por meio de uma atuação nacional, a UGT empreende ações concretas para atingir e monitorar as metas pretendidas pelas Nações Unidas”, explica Ricardo Patah, presidente nacional da Central.

Miguel Salaberry Filho, Secretário Nacional de Relações Institucionais da UGT, aponta as diversas formas de atuação, seja no âmbito das negociações coletivas ou por meio da relação com o poder público, ou a mobilização da opinião pública e do movimento social, como instrumentos eficazes que promovam a mudança desejada pelo Brasil e o mundo.

Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal, destacou a primeira vez em que o documento é divulgado no Brasil, valorizando a troca de informações científicas e experiências entre comunidades do mundo todo.

ATUAÇÃO EFETIVA DA UGT

A presença da UGT no Planeta ODS (evento realizado no Planetário de Brasília), no debate do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – “Água Potável e Saneamento” – contará as seguintes atividades: “Água e Povos / Territórios Tradicionais” (21/03), “Água e Resíduos” (22/03) e “Água e Gênero” (23/03). A entidade também participará de duas mesas de debates: “Água e Paz”, no dia 21/03, e “Educação Ambiental na Gestão de Recursos Hídricos”, em 23/03.

Na ocasião, haverá exibição de filmes, rodas de conversa, palestras e debates que conectem questões relacionadas à água, com base nos eixos da Agenda 2030: Paz, Pessoas, Planeta, Prosperidade e Parcerias.

Renato Ilha, jornalista (MTb 10.300)