UGT gaúcha denuncia as reformas trabalhista e previdenciária, em ato no dia 30 de junho

A União Geral dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (UGT-RS) reforçou os protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária, que mobilizaram os gaúchos no Dia Nacional de Luta (30/6), promovido pelas centrais sindicais e o movimento social na Esquina Democrática, palco histórico de manifestações sociais dos porto-alegrenses, no Centro da capital gaúcha.

Os ugetistas alertaram a população sobre a perda de direitos que virá com a aprovação das reformas, que trarão retrocesso na legislação trabalhista e dificultarão a aposentadoria, a partir do aumento da idade mínima para 65 anos e a obrigatoriedade de contribuição de 49 anos sucessivos.

Norton Jubeli, presidente interino da UGT gaúcha, acusou o governo de mentir sobre o conteúdo das reformas, ao dizer que elas vão gerar empregos e assegurar a aposentadoria para os brasileiros.

“Nem a reforma Trabalhista vai gerar empregos, nem a reforma da Previdência trará dignidade para os aposentados e pensionistas”, denunciou Jubeli, que acusou os parlamentares do Congresso Nacional de votar contra os trabalhadores e a população brasileira.

“POLÍTICOS NÃO REPRESENTAM O POVO”

Para o sindicalista, sem eleger lideranças comprometidas com os interesses populares, o povo continuará refém de políticos corruptos, como vem demonstrando a Operação Lava Jato, que tem desnudado a promiscuidade entre o poder público e as empresas privadas.

“O governo está atolado em escândalos de corrupção, com o primeiro presidente da nossa história a ser denunciado por corrupção no exercício do mandato, e os políticos comprometidos com o poder econômico”, afirmou o líder sindical, que não vê condições éticas nem morais para a aprovação de reformas vão empurrar o País para o abismo.

A manifestação reuniu sindicalistas de diferentes ramos de atividade e representantes do movimento social, dentre os quais lideranças da comunidade e do movimento estudantil.

Renato Ilha, jornalista (MTb 10.300)