O presidente da União Geral do Rio Grande do Sul (UGT-RS), Norton Jubelli; Miguel Salaberry Filho, presidente do Sindicato dos Empregados em Clubes e Federações Esportivas do RS (Secefergs) e Secretário Nacional de Relações Institucionais da UGT; Sandro Lamaison (Secoc-RS), e Tiago Bitelo, diretor do Sindilimp Passo Fundo e da Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do RS (FEEAC-RS), participaram da reunião híbrida (presencial e virtual), realizada na manhã de 3 de fevereiro de 2025, entre a direção nacional e dirigentes das estaduais da Central.
Na abertura do encontro, o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, assinalou que 2025 começou com muitas ações da Central. A UGT recebeu o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em sua sede, em São Paulo; estruturou uma reunião de organização da Diretoria Operativa e outra sobre a Cop-30, assim como um encontro sobre a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Roberto Nolasco, Economista pós-Graduado em Administração, Coordenador de Finanças da UGT, falou sobre as estratégias que a Central vai adotar em 2025. Na sequência, o Vice-Presidente Executivo da Central, Roberto Santiago, expos uma abordagem sobre a inserção do movimento sindical na conjuntura política e econômica do país, relacionando fatos como as eleições para a Câmara Federal e o Senado e a relação dos eleitos com o Poder Executivo. Santiago também falou a respeito da oscilação do dólar e da venda de 33 bilhões de dólares em leilões de câmbio feita pelo Banco Central.
PROJETO GERAÇÃO T – O ugetista gaúcho registrou a presença, no mês de janeiro de 2025, do economista Roberto Nolasco, do Secretário Nacional de Qualificação da UGT, Gustavo Pádua, e da Assessora da Presidência da UGT Nacional, Débora Bacani Oliveira, apresentando o Projeto Geração T, uma iniciativa da UGT que aborda os desafios do Mundo do Trabalho contemporâneo, especialmente após a ocorrência da pandemia do Coronavirus.
O projeto visa discutir temas como a precarização do trabalho, saúde mental, os direitos trabalhistas e sua conexão com a Agenda ESG, um guia estratégico para organizações que buscam equilibrar o sucesso financeiro e o impacto positivo em suas operações. Este conceito define as práticas que uma organização pode adotar para contribuir com as demandas ambientais, sociais e de governança.
Para o presidente da UGT-RS, “se não mudarmos a abordagem e a linguagem, ‘sair da caixa’, e conversar com aqueles não fazem parte da nossa base de representação, vamos sucumbir, pois apanhamos de dentro e de fora”, assinalou, defendendo que o sindicalista deve ser menos vaidoso e deixar de lado o protagonismo em todos os momentos, não conseguiremos construir pontes para conversar com integrantes da sociedade que não querem nos ouvir.
RESISTÊNCIA À CONTRIBUIÇÃO SINDICAL – A respeito do retorno da contribuição sindical, Jubelli observa a persistência de uma grande resistência dentro do Parlamento à ideia de instituir uma forma de custeio nas negociações de acordos e convenções coletivas, mesmo que esta seja construída com a participação de confederações patronais. O sindicalista lembrou que, mesmo com a eleição de novos presidentes para a Câmara Federal e o Senado, esse é uma pauta vista como negativa.
O líder sindical citou os fatos da atualidade, em que as entidades cobram taxas que considera plausíveis e que dão direito de oposição para os trabalhadores, mas que não definem um cenário definitivo. Para Norton Jubelli, as estaduais da UGT deveriam construir um posicionamento mais claro e este pudesse ser encampado pela Direção Nacional da Central.
SITUAÇÕES IRREGULARES – A respeito do relatório elaborado pela Nacional da Central, que incluem sindicatos com mandatos vencidos e outros com registros cancelados, Jubelli informou que há muitos casos no Rio Grande do Sul, entre as 79 entidades sindicais filiadas. São 31 sindicatos com mandatos vencidos, dos quais a maioria representa a categoria dos servidores públicos, um setor que não possui acordos ou convenções coletivas registradas, o que faz com que estas entidades atribuam menos importância para estes cadastros.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)