Valorização permanente das mulheres, além do dia 8 de março

Foi lutando por equiparação salarial com os homens, redução da jornada de trabalho para doze horas diárias (a média eram 16 horas por dia) e condições dignas de trabalho, que 129 tecelãs imortalizaram o dia 8 de março.

Naquela data, em 1857, as operárias entraram em greve, ocuparam a fábrica e foram vítimas de violenta repressão. Trancadas no galpão e queimadas vivas pelos capitalistas, em ato de total desumanidade, o ato de heroísmo deu

origem ao Dia Internacional da Mulher.

Símbolo da luta por melhores dias, o exemplo de fibra afirma o direito à igualdade de direitos e oportunidade, que insistentemente é negado às mulheres.

Transcorridos 161 anos e mesmo após visíveis mudanças, as mulheres seguem trabalhando muito e ganhando menos que os homens, no desempenho de mesma função. Em casa, as mulheres também realizam mais tarefas que os homens, no exercício da tripla função.

Apesar de a Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1981, tratar sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no âmbito do trabalho, e, também, no que se refere às responsabilidades familiares, e de tais temas afetarem milhares de trabalhadores e trabalhadoras,  ainda persiste a desigualdade.

Mais do que prestar as costumeiras homenagens em um dia do ano, a mulher merece ser reconhecida diariamente, como as melhores amigas da Humanidade e representantes dos valores mais dignos da Civilização

Miguel Salaberry Filho
Presidente SECEFERGS
Secretário de Relações Institucionais UGT

 Norton Jubelli
Presidente SINDIVALORES
Presidente UGT/RS