Salários tem baixa participação na receita das empresas gaúchas

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou em seu informe de setembro de 2018 dados que apresentam a baixa participação dos salários na receita das empresas no Rio Grande do Sul. Segundo o estudo, o custo de mão de obra não é problema para a competitividade das empresas tal como afirmam os representantes dos empresários nas rodadas de negociação salarial.

No setor do comércio é onde se concentram os índices mais baixos. Em 2016 o montante de salários, retiradas e outras remunerações representavam apenas 6,1% do valor da receita bruta de vendas do setor. Em 2015 esse número era ainda menor, representando 5,8% da receita bruta das empresas. Estas informações têm como base a última Pesquisa Anual do Comércio do IBGE (PAC), que mostra que o Rio Grande do Sul possuía 137.478 empresas do comércio e empregava 700.071 pessoas no ano de 2016. (Tabela 01)

Em relação a Indústria, a última Pesquisa Industrial Anual do IBGE (PIA) aponta que em 2016, o Rio Grande do Sul possuía 19.401 empresas do setor da indústria e empregava 639.896 trabalhadores. Vale mencionar que o montante de salários, retiradas e outras remunerações representava apenas 10,2% do valor da receita liquida de vendas do setor, segundo a Pesquisa. (Tabela 02)

No que se refere ao setor de serviços, a última Pesquisa Anual de Serviços (PAS/2016) revela que o Rio Grande do Sul possuía 103.183 empresas do setor de serviços e empregava 727.252 trabalhadores. O montante de salários, retiradas e outras remunerações representava 20,2% do valor da receita bruta do setor, de acordo com o estudo. (Tabela 03)